A SELEÇÃO
NATURAL DA FEIURA
Alguma vez você já se perguntou
por que há tanta mulher feia por aí? Ou, pelo menos, o porquê da esmagadora
maioria das mulheres serem feias?
Uma mulher bonita é uma exceção à
regra; tanto que as que a são, se destacam com facilidade.
Em minha opinião, a causa disso
está ligada à religião; mais especificamente a duas: à Católica e à
Protestante, de Martinho Lutero. E tudo por conta de uma das passagens mais
negras da história: a Inquisição.
Tudo começou em 1022, quando foi criado o primeiro
"Tribunal Público contra a Heresia", em Orleans (França); para perseguir e combater a heresia dos Cátaros (um grupo de
dissidentes do próprio cristianismo, que a igreja Católica Romana considerava
uma ameaça). Em seguida, em 1249 implantou-se, no Reino de Aragão, a primeira
Inquisição oficial, que mais tarde, a partir de 1478, tornar-se-ia a famigerada
“Inquisição Espanhola”, que durou até 1834. Foram mais de 800 anos de
perseguições religiosas. A princípio, tanto a Inquisição Espanhola, quanto a
Portuguesa (que se instalou poucos anos depois) visavam a preservação de sua
fé, eliminando todos que seguissem qualquer outra religião (principalmente
judeus e muçulmanos); homens e mulheres indistintamente.
Porém, a partir de 1450, o imaginário popular, aliado à
exacerbada moral e obscuros dogmas da Igreja Católica, começaram a enxergar a maioria
das mulheres como bruxas. Para piorar, nos países dominados pelo
Protestantismo, principalmente os de origem germânica, as bruxas foram logo
identificadas como seguidoras do demônio, cuja função era disseminar o mal pela
Terra. Tal crença logo se propagou por toda a Europa, atingindo seu ápice entre
os anos de 1450 a 1750.
Qualquer catástrofe natural ou peste era logo atribuída à ação
delas, provocando a condenação à morte na fogueira, de muitas. O julgamento era
sumário e a admissão de culpa sempre obtida mediante terríveis torturas.
A simples preparação de unguentos com plantas medicinais, por
curandeiras, que antes serviam para ajudar as pessoas, passou a ser viso como ato
de bruxaria. Se por um supremo azar uma parteira perdesse uma criança durante o
parto, era, imediatamente, acusada de tê-la entregue ao diabo, julgada e
queimada.
A coisa evoluiu e acabou tomando proporções de uma grande histeria
coletiva; qualquer mulher atraente, cuja inocente beleza acabasse por despertar
o desejo de algum homem, era imediatamente acusada de ser uma bruxa, seguidora
do demônio, que tentava, com seus encantos, enfeitiçá-lo e levá-lo à perdição;
a condenação à fogueira era certa.
Com isso, em quase toda a Europa
a porcentagem de mulheres queimadas excedeu 75% dos casos. Em algumas
localidades, como o condado de Namur (atual Bélgica), elas responderam por 90%
das execuções.
Escritos da época registram fatos quase inacreditáveis: na
diocese italiana de Como, teriam ocorrido 1.000 execuções em um ano. Em
Toulouse, na França, fala-se de 400 cremações em um único dia. Ao todo, estima-se
que 100.000 processos foram instaurados pelo continente afora e pelo menos 60.000
vidas se perderam em meio às chamas.(1)
Com a sistemática
eliminação das mulheres bonitas, cuja beleza, pelos conceitos da época, nada
mais era do que uma artimanha do demônio para levar os homens à perdição,
criou-se uma espécie de “seleção natural” às avessas, onde o gene da feiura
parece ter se tornado dominante e o da beleza, recessivo.
Mulheres feias, naturalmente, tinham maior probabilidade de
gerar descendentes igualmente feias. As que, por desventura,
nascessem com o defeito da beleza, provavelmente não sobreviviam o suficiente para
deixar descendentes. E assim, a feiura feminina se disseminou, tornando-se
praticamente um padrão.
Atualmente, a beleza não é mais castigada, mas o estrago já
estava feito (muito embora eu acredite que algumas bruxas ainda andem por aí, enfeitiçando-nos
com seus encantos).
A menos de lugares específicos, que conseguem reuni-las, como
locais badalados, agências de modelos e lugares afins, deparar-se com uma
mulher realmente bela é raro. Quem não acredita, dê uma volta pelo Largo da
Batata, em Pinheiros, ou pelo Largo 13, em Santo Amaro; ou então tome algum ônibus urbano. As
evidências falam por si.
1-
Dados obtidos de matéria da Revista
Superinteressante.
·Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem! .
ResponderExcluirLembre-se, não existe mulher feia você que bebeu pouco.
ResponderExcluirTá certo! Da próxima vez que for passar pelo Largo da Batata, levarei um garrafão de cachaça; porque lá, um litro só não basta.
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