terça-feira, 9 de abril de 2024

 



YETIS, PÉS GRANDES E OUTRAS LENDAS.

 

 

Muitas lendas e relatos sobre avistamentos do Yeti, o abominável homem das neves, do Pé Grande e de outras criaturas lendárias têm ocorrido ao longo dos tempos.

Com frequência surgem relatos de que foram avistados Pés Grandes em regiões remotas dos Estados Unidos e noroeste do Canadá, especialmente na Colúmbia Britânica; já os Yetis, supostamente foram vistos em regiões do Himalaia e dos Montes Urais.

Sei que, muito provavelmente, não passam de lendas, mas, de vez em quando, gosto de deixar minha mente divagar e viajar em pensamentos etéreos.

Segundo Yuval Noah Harari, em seu excelente livro “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade” (o qual recomendo a leitura) há 100 mil anos, havia na Terra, além do Homo sapiens, outras espécies humanas diferentes, espalhada por diversos continentes, como o Homo soloensis (extinto há 50 mil anos) na ilha de Java, o Homo floresiensis (extinto há 12 mil anos) na pequena ilha das Flores o Homo denisova (extinto há 50 mil anos) na Sibéria e o Homo neanderthalensis (extintos há 30 mil anos) na Europa, dentre outros.

Os sapiens surgiram na áfrica Oriental há aproximadamente 200 mil anos. A partir de 70 mil anos atrás, começaram a se espalhar pelo mundo, chegando à península Arábica e de lá rapidamente tomaram o território da Eurásia; primeiro chegaram à Ásia, há 60 mil anos, depois à Europa e Austrália há 45 mil anos e finalmente à America do Norte há 16 mil anos.

Segundo o mesmo autor, todas as outras espécies foram extintas, com a chegada do sapiens ao local onde elas viviam. A teoria mais aceita é a de que todas essas espécies foram simplesmente exterminadas pelo Homo sapiens, que por causa de uma competição por recursos naturais, irromperam uma onda de violência e genocídio.

A tolerância não é uma marca registrada dos sapiens; se hoje, pequenas diferenças em cor de pele, dialeto ou religião são motivos para guerras, naquela época não deve ter sido diferente.

Até aqui, tudo são fatos, pesquisados por cientista e compilados no livro citado.

Agora, usando um pouco a imaginação: imagine o terror causado a essas outras espécies humanas ao verem um bando de sapiens chegando, ferozes, agressivos, dominadores e cruéis, com uma tendência a matar todos que fossem diferentes deles, ou que competissem pelos mesmos recursos naturais.

O pânico deve ter sido total; estas espécies não sapiens, com certeza fugiam para outras regiões, na tentativa de se protegerem desses invasores violentos. Mas a expansão dos sapiens não parou, ocupando cada vez mais territórios e aniquilando cada vez mais membros das outras espécies.

Em função disso, é possível que pequenos grupos tenham se refugiado em regiões remotas, de difícil acesso, adotando hábitos noturnos, furtivos e fugidios, para evitar encontros ou confrontos com os sapiens, que, como imaginavam, os exterminariam sem piedade.

Alguns desses grupos, fugindo do sapiens, podem ter cruzado o Estreito de Bering, durante a última era glacial, que começou há aproximadamente 20 mil anos, e se estabelecido em regiões remotas da Colúmbia Britânica; outro grupo, talvez mais resistente ao frio, pode ter fugido e se refugiado nas entranhas o Himalaia; protegidos por este isolamento, pequenos grupos dessas espécies bem que poderiam ter sobrevivido até os dias atuais.

E por que não?


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