quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A ENERGIA DOS OPOSTOS



A ENERGIA DOS OPOSTOS

Outro dia, sentado sobre uma pedra, fiquei longo tempo observando o vai e vem das ondas do mar.
Quando vinha, a energia da onda revolvia a areia do fundo; ao voltar, arrastava pequenas conchas, devolvendo a energia, num fluxo constante.
Demorei um tempo até entender que aquilo era a respiração da natureza. O eterno movimento de vai e vem, fluxo de energia da vida.
Como a nossa respiração, um eterno fluxo de energia, a alternância entre aspirar e expirar.
A própria manutenção da vida, que faz nosso sangue circular pelo corpo, é composto de um breve relaxamento, seguido de uma breve contração de músculos de nosso coração.
Até mesmo o sublime momento da concepção, não passa de uma delicada alternância entre movimentos de empurrar e puxar; uma passagem de um estado de puro desespero para uma explosão de alívio e relaxamento.
Assim é a harmonia da natureza: um eterno fluxo de energia entre os opostos.

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