A
ENERGIA DOS OPOSTOS
Outro dia,
sentado sobre uma pedra, fiquei longo tempo observando o vai e vem das ondas do
mar.
Quando vinha,
a energia da onda revolvia a areia do fundo; ao voltar, arrastava pequenas
conchas, devolvendo a energia, num fluxo constante.
Demorei um
tempo até entender que aquilo era a respiração da natureza. O eterno movimento
de vai e vem, fluxo de energia da vida.
Como a nossa
respiração, um eterno fluxo de energia, a alternância entre aspirar e expirar.
A própria
manutenção da vida, que faz nosso sangue circular pelo corpo, é composto de um
breve relaxamento, seguido de uma breve contração de músculos de nosso coração.
Até mesmo o
sublime momento da concepção, não passa de uma delicada alternância entre
movimentos de empurrar e puxar; uma passagem de um estado de puro desespero
para uma explosão de alívio e relaxamento.
Assim é a
harmonia da natureza: um eterno fluxo de energia entre os opostos.
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